Exterogestação: existe gravidez fora do útero?

Exterogestação: existe gravidez fora do útero?
Saiba tudo sobre a exterogestação, a gravidez fora do útero, e crie um uma conexão única com o seu bebê nos primeiros meses após o parto.

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Você pode já ter ouvido falar em exterogestação, mas será que você sabe o que ela significa?

A exterogestação é uma teoria criada pelo antropólogo Ashley Montagu e disseminada pelo pediatra Harvey Karp.

De acordo com ela, a gestação é um processo de 12 meses, onde nove deles são dentro da barriga da mãe e o último trimestre é após o nascimento do bebê, já no mundo extra-uterino.

O objetivo da teoria é criar uma transição lenta e tranquila do bebê para o ambiente de fora da barriga da mãe. Isso acontece por meio de técnicas e práticas que simulem as sensações que o bebê tinha quando dentro do útero, ajudando no seu relaxamento e saúde física e emocional no geral.

Isso porque o ser humano é um dos únicos mamíferos do mundo que nasce completamente dependente dos pais, já que muitas das nossas habilidades ainda não estão completas quando nascemos.

Por isso temos necessidade de mais apoio e de condições especiais para esses primeiros meses, configurando uma espécie de gravidez fora do útero.

A prática da exterogestação: quarto do bebê

Uma das primeiras e mais importantes recomendações que se faz para pais que querem aderir às práticas da exterogestação é permitir que o recém-nascido durma no quarto dos pais durante os seus primeiros meses, dormindo na mesma cama ou no máximo num berço acoplado a ela.

Além de criar um vínculo de proximidade com o bebê e permitindo que você o conheça melhor, dividir o quarto com o recém-nascido pode facilitar muitas das práticas propostas pela exterogestação.

Outro detalhe importante é o ambiente do quarto do bebê. Os especialistas indicam que ele deve ser silencioso e com uma luz suave, tanto para proteger os olhos e os ouvidos do bebê (que ainda não estão completamente desenvolvidos e são muito sensíveis), como para ajudar a criar um lugar de relaxamento. Apesar de ser importante evitar barulhos altos como o de televisão ou música alta, especialistas e pediatras comentam que muitos bebês se sentem mais calmos quando submetidos ao som de aspiradores de pó ou secadores de cabelo, por fazerem um ruído similar ao que eles escutavam dentro da barriga da mãe.

Exterogestação e a importância do contato físico

O contato físico é importante durante a exterogestação

Como a gestação é uma das épocas de maior proximidade entre a mãe e o bebê, os adeptos da prática da exterogestação recomendam que esse contato próximo continue durante os primeiros meses de vida da criança.

Além de dormir na mesma cama ou muito próximo dos pais, também é indicado o uso do sling (aquela faixa que mantém o bebê amarrado junto ao corpo). Além de permitir que a mãe se mova com mais facilidade, ele permite que o bebê fique próximo e em contato com o som dos batimentos cardíacos, da voz e até da respiração da mãe, trazendo uma sensação de segurança e conforto.

Outra indicação é o uso de mantas para enrolar o bebê, dando uma sensação de aconchego, principalmente nas primeiras semanas de vida. Só é importante tomar cuidado com a temperatura: nada de tecidos mais grossos em dias de calor.

Banho

Muitos pais utilizam o momento do banho como um ritual de relaxamento para o bebê e como parte da rotina para a hora de dormir. Algo que pode ajudar ainda mais nesse momento de tranquilidade é trocar a banheira tradicional por um ofurô (banheira que lembra um balde).

Isso porque o ambiente mais compacto e com água morna lembra o útero e o líquido amniótico, fazendo com que o bebê se sinta quentinho e confortável, podendo durar até mais tempo que o banho normal.

É sempre bom lembrar que a pele dos recém-nascidos é super sensível, então procure produtos e sabonetes próprios para essa idade, de preferência sem fragrâncias ou corantes fortes.

A importância da amamentação

A importância da amamentação

Uma prática muito indicada não só por adeptos da exterogestação como por pediatras e obstetras no geral é a amamentação exclusiva e em livre demanda até pelo menos os 6 meses de idade.

Por não sentirem fome durante a gravidez (já que eles recebiam nutrientes por meio do cordão umbilical), quando o bebê nasce, ele ainda precisa se acostumar com a ideia de sentir fome e pedir alimento.

Dessa maneira, a amamentação em livre demanda durante os primeiros meses ajuda a entender os padrões alimentares do bebê que, com o tempo, podem ser adaptados conforme fique melhor para a mãe e o filho.

Além de dar nutrientes importantes para o crescimento e desenvolvimento da criança, o leite materno também possui anticorpos que protegem o bebê de eventuais doenças durante toda a vida.

O aleitamento materno é importante também para o desenvolvimento físico e mental da criança, ajudando a criar um vínculo forte de carinho entre mãe e filho.

Os benefícios da exterogestação

Além de ajudar o bebê a se adaptar ao mundo externo de forma tranquila, as práticas que compõem a chamada gravidez fora do útero permitem a criação de um forte vínculo do bebê com a mãe.

Isso permite que os dois se conheçam, entendam seus ritmos, expressões e gostos, gerando uma relação que vai ser levada para toda a vida, além de ser super benéfico para o desenvolvimento físico e mental do bebê.

Ou seja, farão uma enorme diferença na vida do seu bebê.

Você já tinha ouvida falar sobre a exterogestação?  Comenta aqui embaixo o que achou.

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