Silicone pode prejudicar a amamentação?

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Toda mãe sabe que amamentar é um ato de amor e, além disso, favorece o vínculo com o bebê, facilita o desenvolvimento emocional, cognitivo e do sistema nervoso.  

Os benefícios do aleitamento materno são inúmeros, e por esse motivo uma dúvida ronda a cabeça de muitas mulheres: o silicone pode prejudicar a amamentação?

A dúvida é comum, mas especialistas garantem: mulheres que colocaram implantes de silicone podem amamentar normalmente.

Sendo assim, mães que possuem silicone e pensam em não amamentar por esse motivo estão equivocadas. Além da amamentação ser muito importante para a criança e para a relação entre mãe e filho, as próteses não são afetadas quando se amamenta.

As glândulas mamárias são formadas por diversos alvéolos, que são ligados aos mamilos por dutos. Com a gestação, entram em ação diversos hormônios que aumentam e estimulam as glândulas a produzirem leite. Conforme o bebê suga o leite, o organismo produz mais líquido e os alvéolos mantêm-se abastecidos.

Se a mamãe possui prótese de silicone, a princípio, nada muda. Quando o bebê estimula o mamilo e a aréola, um hormônio chamado ocitocina contrai os alvéolos e dutos, expulsando o leite. Só em casos extremos, se a prótese for muito exagerada, a região das glândulas pode ficar muito pressionada pelo implante e acabar atrofiando, prejudicando a produção e o fluxo do leite.

E se o silicone vazar? Pode prejudicar o bebê?

Para aquelas que tem esse tipo de preocupação, os especialistas garantem que isso não ocorre.

O implante de silicone é feito de um gel coeso, que não vaza nem escorre, revestido por uma cápsula de silicone. O sistema imunológico ainda reforça essa proteção e produz uma outra cápsula, como se fosse uma bexiga que reveste a prótese. Isso faz com que o material não entre em contato direto com o organismo.

Onde o silicone é colocado?

Quando colocado corretamente por um médico habilitado, vai estar exatamente atrás da glândula mamária ou atrás do músculo peitoral. E se estiver na genética da mulher a tendência para produzir o leite, não tenha dúvidas, pois ela vai aleitar.

Porém, atente-se para o seguinte: caso a prótese seja colocada pelas aréolas, os ductos mamários (canais que levam o leite das glândulas até o mamilo) podem ser atingidos. Isso significa que a produção de leite pode não ser afetada, mas a passagem dele das glândulas para o mamilo sim. E nesse caso, pode ocorrer dificuldade na amamentação.

Mas e se houver necessidade de retirar excesso de pele na cirurgia?

Neste caso, a situação muda um pouco. Se houver intenção de redução de pele e correção da queda das mamas em razão da flacidez, a técnica poderá implicar na retirada de tecido mamário e, dessa forma, a amamentação poderá ficar prejudicada.

Segundo especialistas, existem várias técnicas cirúrgicas de mamoplastia. Umas são consideradas mais fisiológicas que outras, ou seja, umas prejudicam menos o aleitamento que outras. O tipo de cirurgia é definido de acordo com a paciente, mas sempre há um risco de diminuição de volume lácteo devido à diminuição glandular, comum nesse tipo de cirurgia.

Qual o momento ideal para colocar o silicone: antes ou depois da gravidez?

Com exceção de casos especiais em que o volume das mamas acarreta outros problemas, o ideal é fazer após a gravidez, para evitar correr o risco de atrapalhar a amamentação. Recomenda-se esperar cerca de 6 meses após o término da amamentação para pensar em fazer uma cirurgia plástica.

Quanto tempo depois de colocar o silicone a mulher pode amamentar?

Normalmente, a mulher pode amamentar 6 meses após a cirurgia, pois os ductos mamários já terão se adaptado ao implante.

Após a gravidez, será necessário trocar o silicone?

O silicone não sofre nenhum dano durante ou após a amamentação, pois as próteses modernas têm maior proteção contra a contratura capsular.

O que pode acontecer é que, a gestação e a amamentação ocasionam uma série de alterações nas mamas, sendo que a principal delas é o aumento expressivo para a produção de leite.

Passado esse período, ocorre uma regressão de toda estrutura glandular da mama causando alterações que, muitas vezes, são causa de desconforto para muitas mulheres, como flacidez de pele, diminuição do volume e “queda” dos seios, podendo ocasionar sobra de pele.

Entretanto, é válido lembrar que essa “sobra de pele” acontece em mulheres com ou sem silicone. A prótese de silicone continuará intacta, mas a mama é que terá um formato diferente.

O que determina o grau de queda dos seios é a constituição deles – se forem mais gordurosos, terão uma tendência maior à flacidez. E o silicone não consegue impedir isso. Como representa ainda um peso maior para a pele sustentar, é possível que contribua para as mamas penderem.

Portanto, a ideia de que colocar silicone evita que a mama caia é mito, pois na verdade, contribui para que a mama ceda ainda mais.

Em alguns casos, é necessário realizar um ajuste de pele, e isso pode ser feito sem precisar trocar o silicone.

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