A saúde mental da grávida é algo essencial para que a mãe e o bebê possam ficar bem durante os 9 meses de gestação. Muitas vezes, esse processo é retratado como um período de pura felicidade e citado como a “doce espera” por muitos.
E, de fato, é sim um momento de muita alegria, especialmente quando o novo membro da família foi planejado e muito desejado.
Mas a gestação também tem os seus momentos não são belos e os sentimentos e sensações da mãe são bastante complexos pelos mais diversos motivos. O apoio nesse momento é mais do que fundamental.
Mas como você que é familiar ou amigo pode ajudar? Como podem criar uma boa rede de apoio na gestação? A iFraldas da essas e outras respostas abaixo.
Por que a saúde mental da grávida é tão importante?
Sabemos que o bem-estar do bebê é diretamente afetado pela mãe. Então, quando ela não está bem fisicamente ou emocionalmente, ele também sente.
Há diversos problemas que podem começar já no início da gestação como ansiedade, estresse (que pode se tornar crônico) e depressão. Sim, não há apenas depressão pós-parto, mas também a depressão durante a gestação também chamada de Depressão Perinatal.
Essas questões emocionais quando não são analisadas com maior atenção, podem:
- mudar o vínculo entre mãe e filho, pois pode alterar o sentimento da mãe em relação ao bebê, mudando o olhar dela para ele;
- desenvolver depressão pós-parto, aliás, o risco é muito maior nesses casos;
- influenciar no desenvolvimento do bebê ainda durante a gestação e também após o nascimento.
Dessa forma, fica clara a importância da saúde mental da mãe durante a gestação.
Fatores emocionais que afetam a gestante
A gestante fica mais vulnerável emocionalmente e isso se deve a uma série de fatores:
- Variação hormonal: há uma grande mudança na quantidade de progesterona e estrogênio. Eles ficam em quantidade bem maior que o normal e afetam diretamente no humor de forma que a própria mulher não é capaz de controlar. Assim, a gestante pode ir da euforia ao choro em questão de segundos ou minutos;
- Ansiedade: principalmente se for o primeiro filho, é perfeitamente normal que a mãe fique com medo do parto e, é claro, de todo o processo de se tornar mãe. Se será capaz, se vai dar conta, se isso vai mudar o relacionamento com o parceiro, entre outras questões;
- Perda de identidade: uma sensação que pode causar um verdadeiro pânico é quando a mulher se dá conta que nunca mais será só ela, que a mudança agora é radical e que ela não é mais só uma mulher, mas sim mãe e mulher, principalmente quando está na gestação, pois há outro ser dentro dela.
Além disso, há outros pontos a serem considerados. Por exemplo, toda a mudança física, muitas vezes acompanhada com ganho de peso, pode fazer com que a autoestima da mulher fique abalada.
Todo o estresse de ter que providenciar novas roupas, pois as que têm não cabem mais, ter que escolher as roupas para o bebê, montar o quarto dele, escolher berço, fazer reformas no quarto, entre tantas outras coisas.
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Como o parceiro (ou parceira) pode cuidar do vínculo emocional nesse período?
O companheiro(a) é quem mais precisa dar apoio neste momento, afinal de contas, além de ser o outro responsável pela criança e ter participado da decisão de ter uma, é quem mais fica por perto durante a gestação.
Assim, existem várias formas de dar apoio emocional na gravidez:
- Participação na prática: tarefas domésticas que exijam maior esforço físico devem ser assumidas pelo parceiro. Além disso, acompanhe nas consultas médicas, ajude nas decisões sobre o bebê pesquisando berços, roupas, papel de parede… isso dará o alívio mental que a gestante precisa;
- Validação do sofrimento: o cansaço, o medo, o estresse e a ansiedade que ela sente são reais. Minimizar o sofrimento é pior a ser feito. Aqui, seu papel é de escuta e acolhimento. Deixe que ela chore o que precisa chorar, isso traz alívio;
- Intimidade e carinho sempre: por conta das mudanças físicas, muitas mulheres podem se sentir inseguras e menos atraentes. É importante que você a elogie sempre que puder e que não olhe para ela apenas como uma gestante, uma “incubadora”, mas sim como sua companheira.
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Como a família pode oferecer apoio emocional de forma prática?
Irmãos, pais, sogros… podem oferecer ajuda na prática. Veja abaixo algumas maneiras de fazer isso:
- Ajude com a outra criança: a grávida já tem outro filho? Então, você pode se oferecer para ficar com a outra criança para que ela possa descansar um pouco ou mesmo para que o casal possa passar um tempo juntos;
- Escute sem julgar: a gestante tem o direito de fazer as próprias escolhas, portanto, se ela falar sobre o nome, o enxoval ou como será o parto e você tiver uma opinião diferente, guarde para você a menos que ela queira ouvir;
- Auxilie na prática: que tal levar umas comidas prontas e congeladas para ela? Feijão ou carnes já temperadas, por exemplo? Vá na casa dela e lave a louça ou passe a roupa. Isso sim é uma ótima ajuda e se todo mundo fizer um pouco, ninguém fica sobrecarregado.
O que os amigos podem fazer para ajudar sem invadir o espaço da grávida?
Os amigos não só podem como também devem fazer parte da rede de apoio na gestação. E eles podem ajudar de várias formas:
- Aceite os cancelamentos: pode ser que no momento em que a gestante combinou de sair ela estava se sentindo muito bem, mas quando chegou na data e horários marcados, ela estava exausta, fisicamente e/ou mentalmente. Deixe claro para ela que ninguém está ou vai ficar chateado por ela cancelar;
- Pergunte sobre ela: a maioria pergunta apenas pelo bebê e ele é o foco de todas as atenções. Isso pode fazer com que a gestante se sinta sem importância e deixada de lado. É nesses momentos que os amigos devem fazer diferente e perguntar como ela está, como ela está se sentindo e se precisa de ajuda;
- Saia do foco: que tal sugerir programas para sair um pouco do foco da maternidade? Ver um filme e comer pipoca, aquele bate papo enquanto toma um café e comem um pedaço de bolo…
Quais atitudes e frases devem ser evitadas com gestantes?
Existem algumas frases muito comuns, mas que devem ser evitadas para não gerar gatilhos na gestante. Vejamos alguns exemplos:
- “Aproveita para dormir agora, porque depois nunca mais!”;
- “Se você está cansada agora, imagine depois.”;
- “Tem certeza que vai escolher isso para o seu filho?”
- “Você tem que ter parto normal.”.
Além de não ajudar em nada, esse tipo de frase pode deixar a gestante ainda mais ansiosa ou piorar a depressão. E você acaba se tornando uma presença inconveniente que se acha superior e dono da verdade.
Como criar um ambiente acolhedor e sem julgamentos para a futura mãe?
Agora vamos ver o que falar para ajudar na saúde mental da grávida:
- “Você está fazendo um ótimo trabalho”;
- “Estou aqui para o que você precisar”;
- “Estou aqui para te ouvir sem julgamentos”;
- “É normal se sentir assim, mas vai passar”.
A ideia não é validar tudo o que a gestante decida fazer, afinal de contas, ela pode sim estar tomando alguma decisão errada. Mas a ideia não é dizer o que ela deve ou não fazer, mas sim, dar um conselho.
Dar apoio emocional na gravidez é mostrar para a futura mamãe que ela não precisa e não deve dar conta de tudo sozinha, que pedir ajuda não é fraqueza, mas sim reconhecer a realidade dos fatos. O parceiro, a família e os amigos são a rede de apoio nesse momento e mostrar que a gestante pode contar com essa ajuda fará com que ela se sinta amada e segura.
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