Parto humanizado: descomplicando e explicando

Parto humanizado - bebê recém nascido segurando o dedo de um adulto em preto e branco.

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Nos últimos anos, as discussões em relação ao parto humanizado tornaram-se muito comuns. As famílias começaram buscar informações para entender o seu significado e os impactos na saúde da mãe e do bebê. Porém, apesar de toda a discussão há ainda diversas dúvidas e confusões sobre o tema.

Por isso, no post de hoje vamos explicar sobre o parto humanizado. Vamos lá?

Entendendo sobre as diferentes vias de parto

O Ministério da Saúde, através do DataSUS, fornece algumas estatísticas relacionadas aos nascidos vivos no Brasil. Em 2018, dos 2.944.932 nascidos vivos, 55,94% nasceram através do parto cesáreo, ou seja, um total de 1.647.505 bebês. Para se ter uma ideia, a ANS cita que a Organização Mundial da Saúde recomenda que este percentual não ultrapasse os 15%. Assim, percebe-se que os percentuais de parto cesáreo são extremamente elevados no Brasil gerando, desta forma, uma discussão em relação ao tema.

Porém, é muito comum a confusão entre parto humanizado e parto normal. Por isso, é necessário esclarecer: o que são as vias de parto? Via de parto está relacionado com o canal para o nascimento do bebê. As vias de parto podem ser:

  • Parto cirúrgico: também conhecido como parto cesáreo no qual é realizada anestesia e é feito um corte abdominal para a retirada do bebê;
  • Parto vaginal: também conhecido como parto normal. O nascimento do bebê acontece via vaginal, podendo ou não ser utilizada a analgesia.

Assim, parto humanizado não está relacionado com a via do nascimento.

Parto humanizado: o que é?

A Sociedade Brasileira de Pediatria explica que o  modelo de parto humanizado busca um atendimento menos intervencionista, mais acolhedor e respeitoso através da adoção de um conjunto de práticas.

Já a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) entende o parto humanizado como aquele que respeita os desejos da mulher. Porém, a Febrasgo pontua que:

  • uma assistência menos intervencionista,
  • mais respeitosa e individual,
  • mantendo a segurança para a gestante e seu filho.

É, na verdade, a “assistência ao nascimento baseado em evidências e no respeito”.

Assim, independentemente do nome dado, o que é importante quando se trata de parto humanizado é o respeito a vontade da mulher levando em consideração a saúde e bem-estar da mãe e do bebê. Ou seja, é possível a mulher tem um parto cesáreo e, mesmo assim, ter um parto humanizado.

Parto normal ou parto cesáreo: quem decide?

Essa é uma questão extremamente delicada, pois não se trata apenas de uma opção ou escolha: há implicações médicas que influenciam a segurança e saúde tanto da mãe quanto do bebê.

A decisão sobre qual o tipo de parto mais adequado precisa ser compartilhada entre o médico, a gestante e sua família. Para uma escolha consciente, é necessário que o profissional forneça informações sobre a situação clínica da mulher e os riscos e benefícios envolvidos em cada escolha para ajudá-la na tomada de decisão. Deve, também, orientar a futura mãe sem influenciá-la, compartilhando com ela a responsabilidade sobre o assunto (Fonte: Agência Nacional de Saúde).

Por isso, é importante entender que parto humanizado está relacionado com respeito e acesso a informação.

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