Doenças na gravidez: prevenção e tratamento
Infecções urinárias, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional são apenas algumas das doenças na gravidez mais comuns, e todas exigem atenção redobrada. Isso porque a saúde da gestante está diretamente conectada ao bem-estar do bebê, e qualquer alteração pode afetar os dois.
Aliás, a atenção não deve ser apenas da futura mamãe, mas também da rede de apoio, especialmente do pai e da família mais próxima. Afinal, cada cuidado adotado ajuda a prevenir complicações que podem afetar o bebê, aumentando os riscos de parto prematuro ou outras consequências.
Sabemos que informação é uma das melhores ferramentas de prevenção. Por isso, a iFraldas preparou este conteúdo para te ajudar a entender melhor as principais doenças na gravidez, como identificá-las e de que forma tratá-las.


9 principais doenças na gravidez que afetam o bebê
1. Pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é uma das complicações mais temidas porque aumenta o risco de morte materna e de trabalho de parto prematuro. Segundo o Jornal da PUC-SP, ela ainda é a principal causa de mortalidade materna no Brasil.
Os sinais mais comuns incluem:
dor de cabeça intensa e persistente;
inchaço repentino no rosto e nas mãos;
ganho de peso rápido, acima de 1 kg por semana;
visão borrada ou com pontos luminosos;
náuseas e vômitos fortes no último trimestre;
falta de ar;
dor abdominal.
A doença está ligada a alterações na pressão arterial e pode comprometer a placenta, afetando a passagem de oxigênio e nutrientes para o bebê. Nesse caso, a gestante deve buscar atendimento médico imediato, pois a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia e colocar mãe e filho em risco.

Se você estiver realizando o pré-natal corretamente, qualquer um destes sintomas será identificado antes do problema surgir. Mas, fique atenta: se sentir algum dos sintomas acima citados, procure um médico.
2. Anemia
A anemia é comum porque, durante a gravidez, a produção de sangue aumenta para suprir as necessidades do bebê. Isso eleva a demanda por ferro e vitaminas como a B12 e o ácido fólico.
Quando não tratada, a anemia pode atravessar a placenta em forma de déficit de oxigênio para o bebê, prejudicando seu desenvolvimento. Além disso, aumenta o risco de hemorragias no parto e de baixo peso ao nascer.
A prevenção é feita principalmente com dieta rica em ferro (carnes magras, feijão, vegetais verdes escuros) e, em muitos casos, com suplementação de ferro e vitamina B6, prescritas pelo médico.
3. Infecção urinária
É uma das doenças mais recorrentes da gestação. As mudanças hormonais deixam a bexiga mais relaxada e favorecem a proliferação de bactérias.
Os sintomas incluem:
vontade frequente de urinar;
dor ou ardor ao urinar;
febre;
dor abdominal;
sangue na urina em casos mais graves.
Se não tratada, a infecção urinária pode causar complicações sérias, como trabalho de parto prematuro. A prevenção é simples: beber bastante água, não segurar a urina e manter a higiene íntima adequada.

A melhor forma de prevenir a infecção urinária é bebendo bastante líquido, não segurar o xixi, fazer fortalecimento muscular da região pélvica (se seu médico permitir), e usar o papel higiênico sempre de frente para trás, evitando que qualquer tipo de micro-organismo do ânus vá para a região.
4. Diabetes gestacional
Esse tipo de diabetes surge porque os hormônios da gestação reduzem a ação da insulina. A condição geralmente aparece após a 24ª semana e pode afetar o bebê de diferentes formas, como excesso de peso ao nascer, hipoglicemia logo após o parto e até dificuldades respiratórias.
Os sintomas incluem fadiga, sede excessiva, boca seca e aumento da vontade de urinar.
A boa notícia é que o controle da glicemia com dieta equilibrada e exercícios leves, além do acompanhamento médico, reduzem os riscos. Em alguns casos, é feito uso de insulina para manter os níveis adequados.
5. Toxoplasmose
A toxoplasmose é transmitida pela ingestão de alimentos ou água contaminados, mas também pode ser adquirida pelo contato com fezes de gato infectado.
A gestante pode apresentar sintomas leves, como febre e dor muscular, mas o problema maior é que a doença pode atravessar a placenta e comprometer o bebê. Entre os riscos estão má-formações, problemas neurológicos e até aborto.
A prevenção é feita com higiene rigorosa, evitar carnes cruas, lavar bem frutas e verduras e higienizar o ambiente quando há animais de estimação.
Você não precisa doar o seu pet, afinal de contas, ele faz parte da família. Basta ter um maior cuidado com a higienização do local e manter as mãos sempre limpas.
6. Rubéola
A rubéola preocupa especialmente porque, se contraída durante a gestação, pode resultar na chamada síndrome da rubéola congênita. Nesses casos, o bebê pode nascer com problemas graves de visão, audição, má-formações cardíacas e neurológicas.
Essa doença pode causar aborto espontâneo e, em alguns casos, comprometer toda a gestação. Por isso, é essencial que a mulher esteja vacinada antes de engravidar, já que a imunização não é indicada durante a gravidez.
7. Asma
Gestantes asmáticas precisam de acompanhamento próximo, porque as crises se tornam mais comuns conforme o bebê cresce e pressiona os pulmões.
Durante uma crise de falta de ar, o fluxo de oxigênio para o bebê também diminui, o que pode afetar o bebê e trazer riscos. Em alguns casos, crises frequentes aumentam o risco de parto prematuro.
O tratamento é feito com medicamentos controlados, sempre sob orientação médica. Além disso, manter o ambiente limpo e livre de poeira ajuda a evitar crises.
8. Distúrbios da tireoide
Alterações na tireoide são comuns, mas quando viram doença podem trazer complicações sérias. O hipertireoidismo ou hipotireoidismo não tratados podem causar aborto, pressão arterial descontrolada e problemas cognitivos no bebê.
Essas doenças exigem acompanhamento desde o início do pré-natal, pois o diagnóstico precoce faz toda a diferença no desenvolvimento saudável do bebê.
9. Sífilis
A Sífilis é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), ou seja, é uma doença que se transmite por meio da relação sexual. O sinal mais comum é o surgimento de uma ferida na região afetada que costuma ser a vagina, a vulva, o ânus, a boca e outras.
Há risco para a gestante e para o bebê, podendo causar malformações, parto prematuro e até mesmo aborto. Lembrando haver tratamento, portanto, assim que a Sífilis for confirmada, ele deve ser iniciado imediatamente.
E, como sabemos, a melhor forma de prevenção de ISTs é o uso da camisinha nas relações sexuais. Além disso, é muito importante que o seu parceiro faça exames periodicamente para evitar a transmissão.
Como prevenir doenças durante a gravidez
Grande parte dessas doenças pode ser prevenida com pré-natal regular, alimentação saudável, prática de exercícios de baixo impacto e acompanhamento médico constante. O pré-natal é onde é feito o monitoramento da saúde da mãe e do bebê, garantindo que qualquer alteração seja identificada rapidamente.
Vale lembrar: a gravidez pode ser um momento de muito bem-estar quando todos os cuidados são tomados. Não se trata apenas de evitar doenças, mas de promover uma gestação saudável, diminuindo o risco de trabalho de parto prematuro e complicações.
Doenças na gravidez exigem atenção e acompanhamento, mas não precisam transformar esse momento em motivo de medo. Com informação, prevenção e apoio da equipe médica e da família, é possível reduzir riscos e garantir mais segurança para mãe e bebê.
Cuidar da sua saúde é também cuidar da saúde do seu filho — lembre-se disso em cada consulta, em cada escolha de alimentação e em cada cuidado no dia a dia.
Na iFraldas, você encontra informações úteis para viver esse momento com tranquilidade e apoio. Continue navegando no blog e descubra conteúdos que vão te ajudar a se preparar não só para o parto, mas também para os primeiros dias de vida do seu bebê.